A próxima conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP-27, será realizada no Egito com grande expectativa. Segundo a ganhadora do Revolutionaries Award, Eduarda Zoghbi, a COP-27 deverá trazer diversas discussões sobre os recursos para a redução de gases e a adaptação para perdas e danos.
Ela ainda destacou que a COP-26 terá continuidade com um compromisso dos governos de reduzir os efeitos dos gases de metano. “Já houve um passo grande onde as empresas e governos falavam em medir as emissões de metano”, ressaltou.
Durante o Brazil Windpower, Eduarda afirmou que pensando de forma otimista estamos perto dos países mostrarem tudo o que fizeram até aqui com relação ao Acordo de Paris. “Não existia uma paridade entre os países, e hoje será uma forma transparente dos países mostrarem tudo o que fizeram até aqui e isso me dá esperanças”, destacou.
Para o diretor de desenvolvimento de mercado do GWEC, Emerson Clarke, a COP-26 foi muito importante para o setor de energia eólica. “Com a COP-26 observamos a participação de ministros de energia e finanças e com isso já ganhamos relevância. E hoje a COP está se tornando uma plataforma para desenvolvermos ainda mais o setor eólico”, ressaltou.
Segundo o Clarke, a energia renovável traz segurança energética, mas também desenvolvimento. “Isso aumenta a competitividade das economias globais e cria mais empregos”, explicou.
Já para a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, a realização da COP foi um momento muito rico. “Foi no ano de 2020, com a declaração do setor financeiro de olhar para o clima que percebemos a importância do setor privado e o papel que eles exercem nesse setor”, disse.
Ela ainda destacou a importância de uma competição com caráter de cooperação entre os países. “A quantidade de investimento vai exigir uma cooperação. Estamos trabalhando em conjunto. Os investimentos em renováveis trazem em si questões muito relevantes e temos que pensar na competitividade e na cooperação”.
Para finalizar, a executiva destacou que a transição energia não está em cheque. “Ela está associada a questão do clima, irrevogável e inegociável e irreversível. A trajetória já está definida. Ao longo do processo vamos encontrar problemas, mas não significa em colocar a transição energética em xeque”, finalizou.